sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Resenha: O Mundo Brilhante, por Tullia Maria

Bom dia, galerinha!

Hoje eu vim trazer algo diferente...
Sempre que alguém foi sorteado em alguma promo aqui no blog, eu pedi para que fosse nos enviado uma foto com o prêmio e algo falando sobre a leitura do livro. A Tullia acabou fazendo-nos uma resenha. Isso mesmo, uma resenha! E é ela que eu trouxe hoje para vocês. Ela ganhou o livro Um Mundo Brilhante na resenha premiada do mesmo. Confiram...


Oi, pessoal!!
Ter ganhado “Um Mundo Brilhante” foi muito especial para mim! Não apenas pelo presente, mas por poder ter recebido algo da Hannah! ^^ Apesar da demora, achei que deveria retribuir de alguma forma! E acho que, nada melhor para um blog, do que uma resenha feita com todo o carinho!! Espero que gostem...
Beijo,
Tullia Maria

Um Mundo Brilhante, de T. Greenwood

"Ben não conseguia entender como uma pessoa simplesmente vai embora de uma vida, especialmente que ela mesma construiu."

Um retrato do ser humano. Não há melhor definição para  “Um Mundo Brilhante”, de T. Greenwood, que conta a história de Ben Bailey, um professor universitário, que mora com a namorada Sarah em uma cidade no sudoeste dos Estados Unidos.  Narrada em terceira pessoa e dividida em cinco partes (Mundos Vermelho, Azul, Amarelo, Preto e Branco e Brilhante) que refletem o estado do protagonista, a obra nos apresenta o que ocorre depois que o professor resolve investigar o assassinato de um indígena encontrado morto na porta de sua casa.

No entanto, esse crime não é o foco da trama. Alternando a vida de Ben com memórias do seu passado, o livro pretende retratar a visão do protagonista sobre sua própria vida, seus conflitos, sonhos e incertezas. E a partir daí, discutir questões como preconceito, poder, relacionamento, comodidade, traumas do passado e mudança, aspectos que transformam essa obra em muito mais do que apenas uma capa maravilhosa.

Ben, todavia, é um personagem diferente dos “mocinhos” a que estamos acostumados, podendo ser até considerado um anti-herói. Isso porque muitas de seus pensamentos e atitudes conflituosos (conhecidos através do narrador onisciente) são, geralmente, considerados condenáveis. Durante a leitura, há um misto de sentimentos em relação a esse personagem, ora odiado, ora amado, ora compreendido.

Confesso que achei a história entediante em alguns momentos, mas atribuo isto à minha preferência por livros policiais (mais ágeis). No entanto, para uma obra que se propõe a falar sobre autoconhecimento, que obrigatoriamente envolve momentos de reflexão, “Um Mundo Brilhante” não pode ser considerado uma narrativa lenta. Os diálogos, a divisão em capítulos curtos e, principalmente, a vontade de descobrir o desfecho, são os principais motores da leitura.

Apesar de tratar das transformações que acontecimentos externos podem gerar em nossas vidas, esse livro nos mostra, principalmente, a importância de nossas escolhas. Inevitavelmente, somos vítimas de situações inesperadas, mas é preciso refletir sobre o que fazemos com elas. E também sobre o que não fazemos. Será que, assim como Ben, muitos também não se deixam levar e acabam “presos” em circunstâncias indesejadas?

Outra questão abordada é o conflito entre felicidade e responsabilidade. Mesmo sabendo que não é feliz, o personagem fica em dúvida sobre abandonar tudo ou não. Afinal, isso não influenciaria apenas a sua vida, mas a de pessoas a quem ele ama e com quem se comprometeu. Nesses momentos, o que pesa mais?

“O Mundo Brilhante” é uma história para quem gosta de ficções que nos fazem refletir sobre a nossa condição. Para os que se interessaram pelo questionamento da capa, um alerta: a autora não pretende apresentar respostas. E esse aspecto só conta a favor dela, afinal, quando se trata de seres humanos, não há uma regularidade. O fundamental, no nosso caso, é pensar sobre a própria vida.




3 comentários:

  1. Florzinha, vc sempre arrasa nas resenhas que faz!!!
    Eu ainda nao li esse livro e confesso que, ainda, nao tenho aquele grande desejo, sabe?! Eu gosto de livros de autoconhecimento e que me façam refletir, mas é como se eu tivesse criado uma antipatia por este, sei lá!
    Vou ver se em 2013 finalmente eu o leio!

    Beeeeijao!

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  2. Acho que a história tem mesmo esse problema de ser entediante, às vezes é legal o livro ter pouca mobilidade, quando se tem algo de interessante a ser mostrado, mas em alguns momentos mais me pareceu que a autora queria 'engrossar' o seu trabalho. Mas no final achei bom, tanto que é um dos meus favoritos lançados pela Novo Conceito xD
    O interessante é como você falou, é uma reflexão sobre a responsabilidade, seus deveres e a felicidade. E o bacana é que a história não é algo grandioso, não tem uma trama mirabolante, mas é simples e bem feita, por isso fica tão cativante.
    Gostei da sua conclusão. Fechou com chave de ouro hahahaha

    parabéns, tullinha!!!!

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