Resenha: Jogos Vorazes, Suzanne Collins

Autora: Suzanne Collins

Editora: Rocco

Páginas: 400

Nota: 5/5

Skoob

Sinopse: Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?

Considero essa resenha como uma grande responsabilidade em relação a uma série que vai marcar e ainda fazer muito sucesso. Principalmente pelo fato de muitos terem gostado do mesmo e eu não saber se o que eu escrever referente a ele irá fazer jus ao que senti nos momentos de leitura.

Quando eu tenho grande expectativa em relação a algum livro, eu sempre deixo para lê-lo mais para frente, para me preparar psicologicamente, caso sofra alguma decepção. É o que eu estava fazendo em relação a Jogos Vorazes! Não tinha muito interesse em lê-lo inicialmente, mas com todo mundo falando muito bem, super elogiando e etc., acabou nascendo em mim uma expectativa e, ao mesmo tempo, um receio por medo de me decepcionar. Eu pensava a mesma coisa antes de começar a ler a série Percy Jackson & Os Olimpianos e acabei me surpreendendo. Com Jogos Vorazes não foi diferente. O livro foi muito mais do que eu esperava!

Após o fim da América do Norte, uma nação chamada Panem foi construída sobre o continente. Nesta nação acontece o reality show “Jogos Vorazes”, realizado pela capital, em que são sorteados um menino e uma menina entre 12 e 18 anos para representarem cada um dos 12 distritos numa arena, onde a sobrevivência é o que prevalece, pois só um dos vinte e quatro tributos pode ser o vencedor. Katniss Everdeen e Peeta Mellark são os tributos do Distrito 12 para a septuagésima quarta edição.

"Feliz Jogos Vorazes! E que a sorte esteja sempre a seu favor!" (Página 26)

Acho extraordinária a capacidade da autora de escrever uma história incrível com mistura de romance, guerra e, ainda, um pouco de crítica à sociedade.

Os personagens principais, Katniss, Peeta e Gale (que pouco aparece neste primeiro livro), são jovens que vivem no Distrito 12 e têm uma vida simples, típica à grande maioria dos moradores. Com personalidades muito bem desenvolvidas, Katniss e Gale são independentes e responsáveis, características em ambos apresentadas logo ao início. Peeta aparece mais na hora da colheita, momento em que ocorre o sorteio dos tributos, e ao longo do livro, já na arena e na capital, assim, também se pode ver no personagem uma boa personalidade, ele é um garoto humilde, corajoso e, ao mesmo tempo, com certa timidez. O romance da série é um triângulo amoroso entre eles, algo previsível.

O cenário de uma capital que domina 12 distritos é a principal crítica. Acredito que o modo como ela foi colocada é uma forma de mostrar o quanto a sociedade se acomoda com o governo que a manipula e nada faz para que isso mude.

O resultado de tudo isso é um livro gostoso de ler e que a cada página faz você ansiar por mais. A escrita jovem da autora e a maneira como a história vai se desenvolvendo deixam-nos presos a ele. E, em minha opinião, ele não é tão sangrento quanto muita gente possa imaginar, é super tranqüilo para prosseguir a leitura normalmente. E, o melhor de tudo, é que o final te faz querer ainda mais a continuação.

Depois de ler Jogos Vorazes, talvez você entenda o porquê de tanto sucesso!

"- Não sei bem como dizer isso. É que... quero morrer como eu mesmo. Isso faz algum sentido? – pergunta ele. Balanço a cabeça. Como ele poderia morrer a não ser como ele mesmo? - Não quero que eles mudem meu jeito de ser na arena. Não quero ser transformado em algum tipo de monstro que sei que não sou." (Página 149)